quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

15/11/2010

Apesar de todo o cansado e do ritmo alucinante que sorrateiramente se instala na nossa corrente sanguínea, a noite não induz ao sono.  Pelo contrário -  é de noite que o nosso corpo encontra tempo para pensar, meditar, reflectir, tempo esse que abarca  como seu. É por isso que não descanso. É por isso que de noite os meus dedos anseiam pelo som ritmado das teclas do computador, onde se vão desenhando histórias inventadas de um mundo mais ou menos real.

Quando cai o dia e a lua assume o seu reinado há tempo para viver; há tempo para fazer tudo aquilo que o dia nos roubou. À noite refreamos as rédeas que encarceram o princípio do prazer e deixamo-nos levar pela brisa suave dos desejos recalcados. Mas, infelizmente, o tempo nunca é suficiente porque o sono puxa-nos, suga-nos a energia e reclama por atenção. E novamente chega outro dia, adiantado, sempre adiantado... e nós nunca conseguimos recomeçar com as baterias recarregadas porque, de noite, resistimos ao sono e abraçamos a vida. E chegará novamente a noite e adormeceremos de novo e nunca teremos tempo para fazer tudo aquilo que ficou por fazer.



20/02/2013 - feeling the same. 


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